Por Valter Nogueira
Os manuais apontam que ‘corrupção’ é uma forma de crime praticado por uma pessoa ou organização a quem é confiada uma posição de autoridade, a fim de obter benefícios ilícitos ou abuso de poder para ganho pessoal. A corrupção pode envolver muitas atividades que incluem o suborno, o tráfico de influência e a apropriação indébita.
O motivo do introito é para destacar que, em matéria de corrupção, não há comparativo; não importa o valor ou tamanho do crime. Seja o desvio de um relógio no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) ou desvio de R$ 10.0000,00 (dez milhões de reais), por exemplo, não há outra palavra senão CORRUPÇÃO.
Santo Agostinho, em sua obra, explica a origem do termo pela junção de cor (coração) a ruptus (rompido).
Nesse diapasão, trago à tona a venda ilícita de joias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que culminou com a ação do advogado Frederick Wassef – o homem que escondeu Queiroz. A ação de Wassef, ao comprar o relógio vendido nos Estados Unidos, parece ter sido uma tentativa de esconder um crime de corrupção praticado no governo Bolsonaro.
Falso discurso
O caso “Rolex” já põe por terra o falso discurso de Jair Messias Bolsonaro, que dava conta de que o governo dele passaria ao largo do mar da corrupção.
Currículo
Os eleitores de Bolsonaro – com raras exceções – não tiveram, sequer, o cuidado de olhar o passado do ex-capitão – colocado para reserva ex officio por insubordinação.
Bolsonaro sempre se envolveu em delitos e confundiu público com privado ao longo de sua trajetória política; de deputado a presidente da República.
Cavalo de Batalha
Bolsonaro fez do termo corrupção ‘cavalo de batalha’, chicote para ferir os seus adversários. No entanto, a cada dia, ou melhor, a cada investigação, Bolsonaro parece não ter mais força para esconder que está montado na sela do cavalo da corrupção.