Por Valter Nogueira
A rigor, o papel da primeira-dama no Brasil é meramente protocolar. Não tem nenhuma função oficial definida por lei. Na diplomacia, cabe à primeira-dama se apresentar, por exemplo, para receber a primeira-dama de outro país, mostrar o Palácio, acompanhar a colega a um passeio etc.
À uma primeira-dama, é recomendável atuação discreta. Caso contrário, a superexposição da imagem, por vezes, provoca um sentimento de antipatia junto à opinião pública. Em outras palavras, cansa o público!
A primeira-dama não precisa estar em todo evento em que seja necessária a presença do presidente da República.
Em síntese, a ação da primeira-dama deve acontecer de forma que a imagem pública desta não pareça sobrepor – ofuscar – a figura do presidente.
O mesmo deve acontecer com o homem, caso este seja casado com uma mulher que ocupe a presidência da República. A ele, caberá também uma postura discreta, não tentar querer “aparecer” mais que a esposa-gestora.
Discrição
Dona Ruth Cardoso, esposa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, teve atuação discreta enquanto primeira-dama. Comportamento semelhante ocorreu com a ex-primeira-dama, Dona Marisa.
A discrição foi, também, presente no governo do presidente Michel Temer. A então primeira-dama, Marcela Temer, apareceu ao lado do gestor em poucos eventos oficiais.
Papel Social
A história mostra que esposas de presidentes do Brasil desempenharam um papel social, se envolvendo em ações beneficentes.
O envolvimento das primeiras-damas em trabalhos sociais não é uma obrigação, mas é importante para, com a força da imagem, dar voz a projetos e programas em favor do povo.