O Hospital Padre Zé enfrenta a pior crise financeira de sua história, com uma dívida de R$ 3 milhões e com os salários dos médicos atrasados. A informação foi prestada pelo novo diretor-presidente da instituição, padre George Batista, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (10) em João Pessoa.
Além da dívida, foram feitos dois empréstimos pelo gestor anterior, padre Egídio de Carvalho, o que totaliza R$ 13 milhões.
Diante do quadro posto, uma auditoria que vem sendo feita com ajuda de autoridades policiais, como forma de aprofundar a análise das contas do hospital. A previsão é de apresentar um cenário mais real em até três meses.
“Precisamos de três meses para fazer uma avaliação, mas existe o reconhecimento de dívidas de R$ 3 milhões. Pagamos a folha de pagamento, os funcionários receberam e os salários estão em dia. Os médicos, [ainda] vamos pagar a folha de agosto”, informou o padre George Batista.
Empréstimo
Os empréstimos foram feitos em duas instituições bancárias, sendo um no Santander, no valor de R$ 600 mil, e outro na Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 12,4 milhões.
Escândalo
O escândalo no Hospital Padre Zé veio à tona no mês passado, após uma denúncia de furto de celulares da unidade hospitalar. Os equipamentos haviam sido doados pela Receita Federal para o Padre Zé e deveriam ter sido vendidos em um bazar beneficente para angariar recursos para o hospital.