O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que recebeu dinheiro em ‘caixa de vinho’ de Braga Netto para ações golpistas. A declaração foi feita nesta segunda-feira (9), durante depoimento prestado no Supremo Tribunal Federal (STF) referente a interrogatório de acusados de planejar um golpe de Estado.
De acordo o relato de Mauro Cid, o general da reserva Braga Netto repassou uma quantia em dinheiro para ajudar na execução da operação golpista. A quantia, não especificada no depoimento de Cid ao STF, seria direcionada a manifestantes golpistas que ocupavam a frente de quartéis-generais nas vésperas dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
No mesmo depoimento, o tenente-coronel classificou os réus do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado entre “radicais” e “moderados”.
Segundo o tenente-coronel, o grupo dos “radicais” — favoráveis a uma ruptura institucional — tinha como único integrante o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Os “moderados” incluíam os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto.
Cid ainda aliviou para os ex-ministros Augusto Heleno, Anderson Torres e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, afirmando que eles não se enquadravam em nenhum grupo.