O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou a jurista Caroline Proner, de 49 anos, para integrar a Comissão de Ética Pública. A nomeação está publicada na edição extra do Diário Oficial da União, deste sábado (23). Ela ocupará o cargo pelos próximos três anos. O trabalho é considerado de “prestação de relevante serviço público” e, por essa razão, não é remunerado.
A jurista Carol é casada com o cantor e compositor Chico Buarque.
A comissão, órgão ligado diretamente à Presidência da República, tem entre as principais atribuições investigar denúncias que envolvam membros do governo. Compete ao colegiado aplicar penas que vão desde advertência e censura à indicação de exoneração ou de investigação de transgressão disciplinar pela Controladoria-Geral da União (CGU).
“Recebi, com muita alegria e honra, o convite do presidente Lula para integrar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República”, disse Carol em sua página no Instagram. Para ocupar uma das sete vagas da comissão, é preciso preencher os requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, conforme avaliação do presidente da República.
Carol Proner é natural de Curitiba (PR), é doutora em direito pela Universidade Pablo de Olavide (Espanha) e mestre em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A jurista atua também como diretora-executiva do Instituto Joaquín Herrera Flores, coordenadora-executiva da Escola de Estudos Latino-Americanos e Globais (ELAG) e do Consejo Latinoamericano de Justicia y Democracia (CLAJUD) no Brasil. Em 2019, recebeu a Medalha Chiquinha Gonzaga, honraria concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro com o objetivo de homenagear personalidades femininas que reconhecidamente tenham se destacado em prol das causas democráticas e humanitárias.
Próxima de Lula e da primeira-dama, Janja da Silva, Carol chegou a ter o nome cotado para o Supremo Tribunal Federal como substituta da ex-ministra Rosa Weber, recentemente aposentada. Lula, no entanto, optou pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.