O Auxílio Brasil, viabilizado por meio da PEC dos Precatórios, nasceu “atabalhoado”, enquanto a Bolsa Família era estruturado e envolvia articulação com a rede de educação e rede de saúde. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Humano da Paraíba, Tibério Limeira, feita durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (4).
O secretário disse não saber, até o momento, como ficam os beneficiários do Bolsa Família, agora com o fim do programa. Adiantou que faltam informações.
Tibério Limeira ressaltou que os beneficiários estão ansiosos de saber como vai funcionar o novo programa.” Enquanto o Congresso discute por três, quatro, cinco, dez semanas, fonte de recursos, quem tem fome está precisando da comida hoje. Então é fundamental que isso seja feito com a máxima agilidade possível.”, ponderou.
O secretário acrescentou que durante a vigência e execução do Bolsa Família, estados e municípios sempre tiveram as informações corretas e consistentes para passar para os usuários. “Porque quem pisa no chão onde o usuário está buscando a informação é o gestor estadual. O gestor da União, do Governo Federal está em outra esfera. Quem está fazendo esse ‘para-choque’ na ansiedade das pessoas somos nós. Porém, estamos desprovidos de qualquer informação sobre esse novo benefício.”, esclareceu.
De acordo com Tibério Limeira, o Bolsa Família teve 18 anos bem sucedidos numa articulação entre Governo Federal, estados e municípios num processo grandioso que envolvia a transferência de renda, mas que também envolvia articulação com a rede de educação, rede de saúde. “Um programa reconhecido internacionalmente. Não pertence a partido, é um programa de Estado, de Nação, um dos maiores programas de transferência de renda do mundo que, infelizmente, foi finalizado sem nenhum tipo de novas informações para gestores estaduais e municipais.”
O secretário destacou que “se a gente não tem informação, o usuário também não tem informação porque é a nós que o usuário busca. Então nós estamos apelando ao Governo Federal para que reúna os secretários de Estado, que reúna os representantes dos secretários municipais, dos gestores, prefeitos, governadores para a gente ter informação sobre o auxílio e para saber o que vai nos caber no processo do Auxílio Brasil, que nasce de uma maneira extremamente ‘atabalhoada’ e sem a estruturação e sem o processo de articulação que tinha o Bolsa Família.”