Por Valter Nogueira
O governador João Azevêdo, enquanto político, vem promovendo divisão como forma de fragilizar as oposições? O assunto foi ventilado pelo articulista Wellington Farias, em recente artigo postado em suas redes sociais, por meio do qual faz uma análise da atual cena política na Paraíba.
Se a tese de Farias procede, o governador entra em terreno arriscado; o tiro pode sair pela culatra. Isto é, a tática pode dar certo ou não; neste último caso, ter efeito contrário.
De forma direta, com tal tática, João arrisca perder amigos de primeira hora e, por conseguinte, manchar o seu projeto de reeleição – hoje fluindo de vento em popa.
Na análise, Farias dá exemplos que devem ser considerados. Diz que Azevêdo trouxe para o governo os Paulinos, como forma de compensar suposto afastamento do senador Veneziano Vital. E, ainda, aponta que o governador plantou a divisão entre os deputados federais Efraim Filho (de primeira hora) e Agnaldo Almeida.
Segunda leitura
O artigo de Wellington nos leva à uma segunda leitura, a saber: a de que ele (o governador) tem como mentores políticos os secretários Nonato Bandeira e Ronaldo Guerra.
Ocorre que Bandeira e Guerra nem sempre acertam, conforme aponta uma fonte da base governista. Esta lembra que eles amargaram expressiva derrota na eleição municipal de 2020, em João Pessoa, mesmo que de forma indireta.
Explico: De acordo com a fonte, Bandeira e Guerra trabalharam nos bastidores e apostaram suas fichas, e suas estratégias, em Thiago Diniz, então candidato a vereador pelo Cidadania – partido do governador.
Diniz era tido como provável futuro vereador da Capital.
A estratégia de campanha não foi bem-sucedida. Thiago Diniz, tido como forte candidato à Câmara, desde a pré-campanha, não foi eleito.
Apurados os votos, Thiago (1.559 votos) se viu na quinta suplência, atrás de Fabíola Rezende (3.350 votos), Cris Furtado (2.220 votos), Tavinho Santos (2.104) e Camilo Franco (1.663).