Por Valter Nogueira
Os portugueses celebraram, nesta quinta-feira (25), a Revolução dos Cravos, movimento que aconteceu em 25 de abril de 1974 e libertou Portugal de uma ditadura iniciada em 1926. A propósito, o regime autoritário ganhou ares fascistas com a ascensão ao poder de Antônio Salazar, que assumiu em 1932.
Após a Revolução, as liberdades civis e democráticas foram retomadas em Portugal, assim como outros direitos conquistados, como o de votar.
Com Salazar no poder, o regime autoritário em Portugal adquiriu um caráter fascista, inspirado nas ideias de Mussolini, da Itália. Um ano depois, a Constituição de 1933 proibia quaisquer liberdades de organização e expressão do povo português.
Deus, Pátria, Família
O lema do salazarismo era “Deus, Pátria, Família ” e foi disseminado através da educação pública e das organizações juvenis, meios de comunicação e eventos. Sob o falso manto do slogan, Salazar governou com mão de ferro, cometendo toda sorte de crimes e matando em nome de Deus.
Ditadores
A propósito, ditadores seguem a mesma receita, lançam mão de práticas e discursos semelhantes. São, com raríssimas exceções, medíocres. Lobos em pele de cordeiro, destilam discursos fáceis, com apelo religioso e valores caros às pessoas humildes – religião, família, patriotismo.
O intuito não é outro senão atrair rebanhos às suas armadilhas, como forma de atingir objetivos personalistas.
Infames
Mussolini – “Mussolini tem sempre razão”, foi um dos principais slogans do regime fascista. Com essa frase, os militantes interrompiam qualquer debate – sob pena do uso da força.
– Ah, Mussolini foi o primeiro infame a promover motociatas como propaganda e autopromoção. Em fotos, ele costumava aparecer montado em uma motocicleta; à época, símbolo de virilidade e violência.
Hitler – “Ein Volk, ein Reich, ein Führer” (Um povo, um império, um líder). No início, aplausos; no final, derrota esmagadora, suicídio. O nazismo é responsável pela morte de 5 milhões de judeus, executados em campos de concentração.
Salazar – “Deus, Pátria, Família”. Com esse lema, empurrou centenas de pessoas para o campo de concentração português: Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, conhecido como ‘o campo da morte lenta’.
Reencarnação
– Os ditadores, de vez em quando, ressurgem. Há quem diga que reencarnam!